Por Jânsen Leiros Jr.
O ano de 2016 chega ao fim, e com ele a
sensação de que tivemos, quase todos, um ano ruim. Tantos fatos e casos
envolvendo tragédias, corrupção e violência se acumularam de um jeito tão
inusitado, que imprimiu em todos nós, a triste e amarga sensação de termos passado
por um ano horrível. Pior, para muitos, o ano de 2016 entra para a história
como um dos anos mais difíceis das últimas décadas. Para alguns ainda mais
pessimistas, 2016 foi um ano perdido. Um ano a ser esquecido.
Mas não é verdade. Pelo menos não
absoluta. Assim como em todos os anos, alternamos entre dias bons e ruins, tendo
como referência nossas próprias e muito particulares expectativas. E na
prática, muito do que é bom para uns, pode ser ruim para tantos outros. Um bom
exemplo é o trabalho do Ministério Público Federal, que vem agradando a muitos
e desagradando a outros tantos. E houve ainda os que consideraram o trabalho do
MPE e da Polícia Federal impecável por todo o transcorrer da operação
Lava-Jato, por exemplo, até o momento em que, ainda que de leve, as baterias
lhes tenham sido apontadas. Podemos concluir assim, que bom ou ruim, tivemos um
ano conforme conveniências e expectativas.
Fugindo, porém, do viés sócio econômico
do Brasil e das dificuldades em que se encontra a maioria de sua população,
podemos considerar como um excelente resultado desse ano, o aprofundamento da
operação Lava-Jato, e as inusitadas prisões de políticos, empresários e até de
governadores. Não por suas prisões em si, obviamente, mas pelo que elas
representam como avanço do poder público e da justiça, na direção do extermínio
da corrupção, seja pegando corruptores, seja pegando corrompidos.
E para nós cristãos, que durante o
início do aprofundamento da crise econômica, brincávamos que a crise não nos atingiria,
ou como alguns chegaram mesmo a dizer, somos blindados. Não, não somos
blindados. Porque a chuva cai sobre justos e injustos e todos nós, brasileiros,
independente da religião que professa, tem sofrido em maior ou em menor grau
com tudo o que temos passado nesse país. Ou não temos milhares de irmãos entre
os funcionários públicos do estado do Rio de Janeiro, sem receber seus salários
e benefícios?
De sorte que, estejamos nós onde quer
que estejamos, e em qualquer que sejam as condições em que estivermos, o que
sabemos e experimentamos, é o cuidado e a bondade do Senhor para com os que
n’Ele confiam. Com aqueles que se devotam àquele que sempre vem em nosso
socorro, pois não dorme e nem pestaneja. Sim, porque no mundo terei aflições,
mas podemos todas as coisas naquele que nos fortalece. Eu venci o mundo, nos
afirma Jesus, de modo que nada nos separará do amor de Deus. Vivemos conforme a
soberana, boa, santa e agradável vontade de Deus se realizando em nossas vidas.
Portanto, é dando glória a Deus por mais
um ano vivido, que nos renovamos para mais um ciclo de dias e meses, que
provavelmente irão se alternar em momentos bons e ruins, outra vez conforme
nossas expectativas e também conforme nossas realizações.
O mais importante em cada renovação de
esperança, é ter a certeza de que todas as coisas concorrem para o bem daqueles
que amam a Deus, e que chamados conforme o seu propósito, vivem e avançam até a
vitória. O Senhor completará cabalmente sua obra em nós.
O Senhor abençoe seus corações e mentes,
produzindo em todos a sabedoria que conduz à paz, e a entrega em confiança, que
nos dá descanso para alma.
Um forte abraço a todos, e um FELIZ 2017!!