quinta-feira, 25 de junho de 2020

Chutes, caneladas e pontapés. Assim nas ruas como nas redes.

Manifestações pró e contra Bolsonaro

Por Jânsen Leiros Jr.

Em tempos de polarização acirrada e quase insana, é um risco imenso tentar caminhar por uma terceira via. O compromisso com aquilo em que se acredita, contudo, exige coragem para tanto. Não posso me furtar a isso.

Não há dúvida de que certos movimentos do atual governo são bastante fora de um prumo minimamente coerente, para não descer fundo em qualquer juízo de valor. Além disso, não há como negar que existem circunstâncias obscuras em todos os envolvimentos revelados, relativamente a Queiroz e seu comprometedor networking; para também não falarmos sobre qualquer suposição ainda não comprovada ou investigações não concluídas.

Soma-se a isso as contumazes falas impulsivas e inadequadas de nosso presidente em circunstâncias impróprias, que geram desconfortos e grande mal-estar com boa parte da sociedade e opinião pública.

Ninguém, portanto, pode fechar os olhos para tais fatos e acontecimentos, que veem fragilizando a posição do atual governo, dentro e fora do país.

Por outro lado, porém, é muito importante lembrarmos que, se em grande parte Bolsonaro foi eleito por cidadãos que pensam igualmente a ele ou se aproximam da maioria de suas ideias, outro grande contingente de eleitores de sua chapa, votou  impulsionado pelo enfado e indignação com a montanha de corrupção que grassa o país sabidamente há anos, muito antes dos anos de governo do PT.

Sim, o PT, pasmem, não deu o pontapé inicial na direção da corrupção. Também não foi nem de perto o maior operador dela. Mas sem sombra de dúvidas foi no período de seu governo, que o mecanismo de corrupção mais se alastrou e se aprofundou, uma vez que os dutos de sangria de dinheiro público, tornaram-se operacionais em níveis jamais vistos, espraiando-se pelos mais diversos seguimentos, instâncias e escalões do poder público. Não sem larga e decisiva participação de partidos da base aliada, e de empresas privadas de diversas categorias e porte. A corrupção no Brasil é maior e mais que o PT. E mais endêmica que qualquer vírus.

Logo, pensar na polarização como modelo de debate, e nas redes sociais como lugar de embate é, no mínimo, desprezar circunstâncias e motivações que se impuseram no tempo e nas urnas em 2018, e que vão muito além de nossos impulsos apologéticos, ou gritos de guerra de torcida organizada.

Temos hoje uma guerra política travada à semelhança de uma batalha campal, onde mortos e feridos tombam de lado a lado, sem nem mesmo entenderem, na maioria das vezes, o por que de tantos chutes, caneladas e pontapés. Se muito, consideram-se apenas uniformes e bandeiras; ideias e ideais seguem desconhecidos, ou apenas repetidos à semelhança dos papagaios. Vamos descansar os bichinhos nomeados à exaustão...

A verdade é que o primeiro princípio democrático, já que defender a democracia está tão na moda, é o livre e inquestionável direito de escolha do candidato, respeito ao voto alheio, e a submissão à decisão da maioria. E a maioria, gostemos, ou não, escolheu à época Bolsonaro. Coisa que não foi aceita desde o resultado do pleito de 2018, nem pelos que foram vencidos nas urnas, nem pelos que se entenderam prejudicados em suas pretensões escusas e pouco republicanas.

Ora, era para estarmos, como “gatos escaldados”, com “as barbas de molho”. Do mesmo jeito que forçaram entendimento para chegarem a motivos legais que pudessem sustentar o impeachment de Dilma Rousseff (sempre fui contra sua saída pelas mesmas razões democráticas aludidas acima), agora fazem com Bolsonaro, perseguindo-se o mesmo desfecho. Não cabe aqui qualquer discussão sobre motivações e circunstâncias. Mas podemos fazer perguntas mais intrigantes. A quem ela atrapalhava? A quem ele atrapalha?

Para toda grita exacerbada há um motivo camuflado. A quem interessa a manutenção do “status quo” do aparelhamento do Estado, da sangria de dinheiro público, e dos privilégios àqueles que deveriam servir à nação, em vez de se servirem dela? A sanha pelo dinheiro maldito é tão grande e sôfrega, que mal a União dotou Estados e Municípios de verbas emergenciais, e logo fraudaram os gastos com instalações, equipamentos e recursos, que se destinavam a salvar vidas nesta pandemia. Quanta gente sofreu ou mesmo morreu na esteira de mais essa corrupção? Há alguma ideologia em tais atos, ou apenas ganância visceral e desejo de avançar sobre o erário?

De modo que precisamos entender. Nossa luta política não é contra bandeiras. Sequer é contra ideias. Mas contra interesses e conveniências que, acreditem, pouco ou quase nada se importam com ideias, filosofias, princípios ou ideais. Ou alguém tem dúvida de que, caso Bolsonaro governasse calado, tivesse sangue de barata para negociar o fatiamento do Estado, e fosse liberal com as verbas públicas, ele estaria sendo elogiado, ou minimamente mantido pelo casuísmo dos poderosos da nação?

E enquanto nós brigamos nos porões dessa embarcação, cuidando que defendemos alguma coisa, nos ocupamos e nos distraímos com traquitanas lúdicas, enquanto as lideranças de sempre maquinam os próximos passos na direção de seus favorecimentos, em detrimento de nossa dignidade social e subsistência nacional.

Direita e esquerda, pró e contra Bolsonaro pertencem ao jogo democrático. E as duas posições podem e devem coexistir e se respeitarem mutuamente, como elegantemente vejo amigos próximos fazerem. Mas não podemos esquecer de que tudo pelo que lutamos e cremos, falo politicamente, é apenas sombra de uma verdade inalcançável. E o que nos deixam ver ou revelam através de portas entreabertas, é sempre e meramente com suspeitas intenções.

No mais, sigamos em paz com todos. Sem messianismos, malhação de Judas ou fogueiras inquisitórias. Porque a vida é vapor de fumaça, e nossa pátria não é aqui. Nosso Rei habita em nós; nosso general, Cristo.


terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Tudo pode ser tudo quando se quer que seja


 Por Jânsen Leiros Jr.

Existem algumas máximas eternizadas no processo de construção de uma narrativa, que se utilizam de um fato concreto, mas interpretando-o conforme a conveniência ou necessidade da narrativa a se construir. Nesse processo, a realidade apresentada atenderá sempre ao interesse de quem engendra tal narrativa, criando sua verdade particular e por necessidade de convencimento, incontestável.

Essas artimanhas claramente se demonstram eficazes, quando o público alvo dessas falácias, atualmente chamadas de Fake News, não se aprofunda nos fatos em si, e nem atenta para os interesses escondidos por trás de cada oportuna distorção, quase sempre eivada de uma máscara de pretensa legitimidade; atualmente muito se tem utilizado da indignação.

Há em nosso país, um exército de ingênuos pré-ofendidos, à espera de um motivo que lhes legitime o efeito latente. “Me dê motivo...”, cantava Tim Maia. E isso fica muito para lá de evidente nos dois casos cujas reportagens seguem abaixo.

No primeiro, a menção de um fato ganha o rótulo de “ataque”. O depoente presta depoimento e faz alusão a uma circunstância... “ataque”. Mas chamar de claque os brasileiros que ficam na frente do Palácio da Alvorada esperando para falar com o presidente, pode; não é ataque. Eles chamam de livre exercício do jornalismo investigativo. Está mais para o sórdido ofício do jornalismo especulativo e oportunista.

- Ah, mas o presidente Bolsonaro tem pavio curto e fala demais! É verdade que ele não é de medir muito as palavras e que distribui “caneladas”, e que suas declarações são provocativas. Mas isso jamais foi surpresa para quem quer que seja. Ou será que alguém pode se dizer decepcionado com seu estilo e personalidade?

Mas e o caso do juiz Marcelo Bretas, que sabidamente evangélico compareceu em sua folga, a um evento gospel? Querer colar em sua presença no evento, um rótulo de interesse político com contundente influência do processo eleitoral de 2020, é considerar a população inteira incapaz de perceber o que é espontâneo ou oportunismo. Pretender impedir o livre trânsito e a presença do cidadão Marcelo Bretas num evento evangélico, um velado “ataque” ao seu livre direito a culto e exercício de fé?

Mas no final de tudo, nada do que foi escrito até aqui faz qualquer diferença para quem quer que seja. Porque a experiência nos tem demonstrado que a maioria esmagadora de pessoas acredita naquilo que bem entende e convém. Os contras creem na ofensa. Os favoráveis acreditam piamente na inocência. Ninguém mudou ou mudará de opinião a partir desse texto. Porque no fundo, até mesmo ele, o texto, parte de uma crença pré-existente de presumida articulação e de uma simpatia aos envolvidos. Caso não fosse, talvez estivesse engrossando o coro dos ofendidos.

A boa notícia é que o tempo e a verdade que ele revela julgará a todos, arrancando a máscara quer dos ingênuos ofendidos, ou dos inocentes ofensores.

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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Quando na prática a teoria é outra

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) Foto: Divulgação

Por Jânsen Leiros Jr.

Que o ser humano é incoerente em suas proposições, conceitos e práticas, não há qualquer novidade. Somos assim nas mais diversas facetas da vida, afetando condutas e escolhas em variados setores e momentos de nossa curta existência e exercício de individualidade. Querem um exemplo simples? A mentira pode nos ser um ato repugnante por princípio. Mas basta uma ligação telefônica indesejada, para que se mande dizer que “não está”. Uma incoerência socialmente permitida, será? De uma forma ou de outra e nos mais variados graus, a incoerência ou desequilíbrio entre teoria e prática assola o nosso cotidiano, tornando sempre mais difícil o desenrolar da vida e suas realizações.

Se a incoerência nossa de cada dia envolve questões meramente pessoais e estritamente individuais, menos mal. Somos, por assim dizer, vítimas de nossa própria atitude, e sofremos sozinhos as eventuais consequências. Se é que realmente se pode ser vítima única dos próprios atos; sempre há quem os sofra minimamente.

Quando a incoerência se dá em atitudes que envolvem amplo espectro, porém, é inevitável que suas consequências atinjam a muitos, aumentando exponencialmente suas eventuais e indesejadas consequências. À medida que tratamos de incongruências ligadas à vida de um grupo, uma comunidade, um município, um estado ou até mesmo um país, as consequências podem atingir a milhões.

Sem querer entrar fundo no mérito da questão, porque nenhuma questão de Estado é assim tão simples ou superficial, fiquemos apenas no limiar do confronto dos discursos das autoridades, diante das questões que se lhes apresentam diariamente. Sim, porque não é preciso grande esforço para esbarrarmos em suas incoerentes afirmações, já que respostas são disparadas como metralhadoras por suas excelências, à medida que as pressões lhes impõem posicionamento caso a caso.

A flutuação da teoria aplicada, que flana ao sabor das conveniências, mantém-nos a todos em suspenção constante, sem que uma direção seja apontada como fim, não importando as circunstâncias que se apresentem ao longo da jornada. Na prática, ora vamos por aqui, ora por ali, conforme a necessidade do discurso, ou de interesses nem sempre tão republicanos.

Ou seja, debruçando-nos sobre o assunto em questão, há ou não há dinheiro no orçamento de MG para as diferentes demandas? Se há, por que se atende a essa ou aquela, em detrimento desta ou daquela outra? E se não há, como se acena como havendo, para aquilo que pode trazer dividendo político, em lugar do que é urgente e necessário? Seria uma momentânea perda de percepção do todo, ou apenas mais uma movimentação falaciosa pontual com fins eleitoreiros?

Na verdade nada disso importa. Garantir coerência entre a teoria e a prática, entre o discurso e as ações, por mais impopulares e inconvenientes que se revelem, para quaisquer pretensões políticas de curto prazo, é o que nos fará manter o trem sobre os trilhos da recuperação nacional. Sim, porque se em grande parte passamos por uma crise de caráter e honestidade política, que se reflete nos mais diversos setores da nação, a superação e uma recuperação sustentável passará inevitavelmente por uma profunda mudança de atitude e de posicionamento de nossos dirigentes. Mas não apenas deles.

Se queremos um país melhor, é bom começarmos a equilibrar nossas teorias com nossas práticas. É bom começarmos a buscar coerência. Por mais difícil que seja num primeiro momento. E a começar por mim; incoerente até mesmo nas mais comezinhas vicissitudes da vida.

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https://oglobo.globo.com/brasil/com-reajuste-de-41-policiais-de-mg-zema-acena-bolsonaristas-irrita-maia-divide-novo-24253022

A lógica ilógica da justa injustiça


Por Jânsen Leiros Jr.

Que há seres humanos cuja capacidade de elucubração vai  muito além da média, ninguém duvida. O que causa espécie, é que a maioria dessas mentes privilegiadas estão no Brasil, e se concentram em ofícios públicos, exercendo direta ou indiretamente grande influência sobre o cotidiano de nossa gente.

E por que exatamente se enquadram na categoria de mentes privilegiadas? Porque são capazes de enxergar além da visão comum, e de perceber minúcias que passam despercebidas pela maioria dos mortais. Essas pessoas diferenciadas são detentoras de uma lógica peculiar superior, e um senso de justiça tão supinamente evoluído, que foge ao entendimento do brasileiro médio, que entende, quase que intuitivamente, que lugar de criminoso é na cadeia, e que corrupto não deve exercer cargo público, qualquer que seja, muito menos tomar posse em função legislativa.

Sim, esse entendimento básico e de uma lógica tão rasteira e óbvia, não é apropriada a quem possui uma visão além do óbvio. Afinal, o que é crime? E o que é público? E o que é efetivamente ético? Ou ainda, qual o sentido efetivo de justiça? E que ligação essas coisas possuem?

Enquanto nós, de mentes comezinhas, ficamos perplexos pela obviedade de que um crime precisa, por vício de premissa, ser veementemente punido, aqueles cujos olhos enxergam muito à frente, elucubram questões conceituais, utilizando-se de uma lógica ilógica, ou minimamente ideológica, que foge de nosso parco e humildes padrões restritos de entendimento e poder de conclusão.

No caso em questão, lembro-me bem, quando da decisão da ALERJ de não dar posse aos eleitos, uma vez que se encontravam presos por conta de seus envolvimentos nos crimes investigados pela Lava Jato, todos entendemos como uma decisão óbvia e justa. Claro! pensamos nós rasteiramente, não há qualquer sentido nisso, usando nossa pequena lógica; a de que presos e investigados não podem ou pelo menos não devem tomar posse de seus cargos eletivos, na casa legislativa estadual. Pensando bem, como somos tacanhos.

A lógica superior, no entanto, e portanto prevalente, é a de que enquanto tais investigados não são condenados em todas as instâncias cabíveis ao processo, não só eles devem responder em liberdade, como apesar de tudo podem, por direito, exercerem seus mandatos, ainda que tenham sido preso por crimes realizados exatamente no exercício de suas funções públicas.

Isso é mais ou menos como manter a raposa solta no galinheiro, enquanto as imagens das câmeras espalhadas pelo terreno, não confirmarem que é ela, a raposa, que anda comendo as galinhas, não obstante todas as suspeitas recaírem sobre ela. Loucura? De jeito algum. Você é que vê tudo com simplicidade e pouca profundidade. Talvez por ser ignorante, ou por ser incapaz de uma elucubração superior, própria apenas àqueles que tem o poder de lidar com circunstâncias complexas, apesar de nossa perplexidade.

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Mas poderia ser diferente?


Por Jânsen Leiros Jr.

Que o assunto esfriou na mídia todos percebemos. O que nem todos perceberam, contudo, é que o tema segue na pauta do ministro Sérgio Moro, que segue defendendo a aplicação da prisão após condenação em segunda instância. E por quê? Seria apenas uma posição política e oportunista, tendo como alvo eventuais inimigos políticos?

É preciso lembrar, antes de mais nada, que a posição de Sérgio Moro já era favorável a esse entendimento, muito antes dele ser convidado a assumir a pasta da Justiça e Segurança Pública. Aliás essa também era o entendimento do próprio STF, até que nova decisão inverteu a regra do jogo, na segunda metade de 2019, promovendo a libertação de condenados em segunda instância. O novo entendimento permitiu a libertação do ex-presidente Lula e de José Dirceu, entre outros.

A insistência de Moro não se deve, senão, a importância crucial dessa possibilidade no combate ao crime organizado, sobretudo aos engenhosos crimes de colarinho branco, uma vez que são normalmente protagonizados por aqueles que, mantidos em liberdade, seguem protelando o andamento de seus processos, trabalhando claramente para se beneficiarem da prescrição do crime. Sem contar que, com o tempo e o esfriamento do assunto na mídia, a indignação popular arrefece e o assunto cai no esquecimento, tornando mais fácil o abrandamento da aplicação da justiça; um fenômeno bem brasileiro, diga-se de passagem.

Ora, alguém poderia argumentar: que mal há nisso? Ou ainda: por que essa sanha em encarcerar criminoso? Na verdade, nada contra o criminoso em si, mas tudo contra o crime e a favor da justiça. Não é muito difícil entender que, a cada impunidade passada na cara da sociedade, a sensação de que o crime compensa aumenta, e consolidamos o ambiente de barbárie ética promovido pela injustiça.

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Poderes. Confusos poderes


Por Jânsen Leiros Jr.

Um ditado popular bem conhecido diz que se você quer conhecer alguém, basta dar poder a esse alguém. No Brasil essa máxima ganha contorno de lei da física, tão inevitável quanto implacável se faz.

E quando pensamos que já vimos de tudo, salta-nos o feito no ministro, fechar as portas para que as informações comprometedoras, ou no mínimo constrangedoras não saiam do castelo do poder, já que o exercício pleno das funções dos órgãos de direito, e até de dever, chegou a dados e circunstâncias que o ministro não quer que venha a público.

Entre ele não "querer" uma qualquer coisa e ter o poder de "impedir" essa mesma qualquer coisa, no entanto, vai grande distância. Maior distância ainda é usar do poder investido para agir favoravelmente à sua vontade, para não dizer necessidade; feriu as prerrogativas de seu cargo, e agora tem em sua cola a mesma mulher que levou a bandeira do impeachment de Dilma.

O que virá daí não temos como saber. O que fica claro e bem fácil de se perceber, contudo, e por mais que neguem os interessados diretamente e envolvidos na questão, é que nosso país atravessa grave crise institucional entre poderes. Judiciário legislando, parlamento tentando conduzir o executivo, e esse sendo colocado como refém pelos outros, sempre que suas decisões ferem as ideologias de seus comungados. Ou seja. Ninguém manda e muito menos obedece; todos perderam o juízo.

No meio de toda essa disputa estamos nós, que seguimos sem saber em qual cartilha lermos. Ficamos como alunos que no final do ano ainda não sabem que matérias cairão na prova. Usa Coaf, tira Coaf, troca nome do Coaf e continua o mesmo. Suspende radares, cancela DPVAT e retornam ambos. Quem legisla, quem executa e quem julga?

Há quem diga que tais acomodações fazem parte do jogo democrático.  Se isso for verdade, as regras precisam ser mais claras. Quem chuta, quem defende e quem apita.

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https://www.oantagonista.com/brasil/janaina-diz-que-toffoli-cometeu-flagrante-crime-de-responsabilidade/